segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Aves do meu jardim

Zaunkoenig-photo

< Carriça   Troglodytes troglodytes

Descarregada de  http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Zaunkoenig-photo.jpg

São várias as aves visitantes do jardim. Além do omnipresente Pardal-comum (Passer domesticus) aparecem o Verdilhão (Carduelis chloris), o Pintassilgo (Carduelis carduelis), a Carriça (Troglodytes troglodytes), o Melro (Turdus merula), a Toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla), a Toutinegra-de-cabeça-preta (Sylvia melanocephala), o Rabiruivo-preto (Phoenicurus ochrurus), o Chapim-azul (Parus caeruleus), o Chapim-real (Parus major), o Chapim-rabilongo (Aegithalos caudatus), a Rola-turca (Streptopelia decaocto), o Estorninho-preto (Sturnus unicolor), o Chamariz (Serinus serinus) e, na época própria, o Rouxinol (Luscinia megarhynchos), a Felosa-comum (Phylloscopus collybita). Ocasionalmente aparecem Tordo-ruivo (Turdus iliacus), Pintarroxo (Carduelis cannabina), Tentilhão (Fringilla coelebs), Lugre (Carduelis spinus), Rouxinol-bravo (Cettia cetti), Toutinegra-das-figueiras (Sylvia borin), Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula), Estorninho-malhado (Sturnus vulgaris). Provávelmente haverá outros que não consegui identificar.

Alguns fazem visita passageira ( como os Estorninhos, o Rouxinol-bravo, os Tordos), outros (a maioria) procuram alimento ou água, e outros ainda nidificam dentro dos limites do jardim (a Carriça, o Pardal, o Verdilhão, o Rabiruivo e mais raramente a Toutinegra).

Há poucos dias até apareceu uma Alvéola-branca (Motacilla alba) a passear pelo jardim.

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Aos interessados aconselho a visita ao site das Aves de Portugal onde encontrarão descrição pormenorizada, fotos e cantos destas e de muitas outras aves que ocorrem no nosso país:

http://www.avesdeportugal.info/index.htm

 

No jardim encontram alimento, água e ninhos.

 

< Um dos bebedouros dispersos pelo jardim (não se vê mas tem calhaus no fundo)

 

Os bebedouros são visitados todo o ano, sobretudo em tempo seco, e durante o Verão, de manhãzinha ou ao entardecer, é uma chapinhada alegre no banho.

DSC01535DSC01536Os comedouros são de vários tipos (de coluna, de tabuleiro...) e colocados desde o fim do Outono até à Primavera. Os comedouros são carregados com mistura de sementes (mistura para canário + mistura para periquitos + sementes de girassol + mistura para “oiseaux du ciel”). Nos ramos das árvores penduro maçãs maduras que são um grande sucesso junto das toutinegras e das carriças. Cascas de fruta são colocadas no chão, em local “invisivel” para humano, que depressa são colonizadas por drosofilídeos que por sua vez chamam as insectívoras (e não só).

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Dos ninhos alguns são naturais, isto é, são ninhos construidos pelas próprias aves e deitados abaixo (mas não destruídos) pelo vento ou durante podas e recolocados em locais julgados apropriados, entre arvoredo denso, em fúrculas dos ramos e a cerca de 3 metros do chão. Outros são caixas de madeira. Até já aproveitei um pequeno regador velho que lá está pendurado num Sabugueiro. Não se pense que é preciso ter caixas com abertura para aves pequenas, para aves médias... Para aves médias chega porque as pequenas formatam a abertura a gosto.

Desde há 1 semana, ou pouco mais, que as aves estão a procurar local no jardim para nidificar. Algumas construirão  ninho na espessura do arvoredo, outras espero que, uma vez mais, o façam nos ninhos que coloquei.

Talvez volte ao tema das aves que me visitam mais lá para diante.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Começo


Antecipando o aproximar da reforma construimos um local de retiro numa aldeia da zona oeste perto de Óbidos. Depois de reformados é lá que passamos uma boa parte do tempo.

Pretendemos simplesmente dar lugar a um repositório das nossas observações sobre a biodiversidade local. Não somos biólogos mas a curiosidade e os hábitos de estudo adquiridos durante anos levaram-nos a orientar os nossos interesses para a vida que nos rodeia e que ignorámos durante os anos em que residimos numa grande cidade.

Tudo começou com uma ave desconhecida que nos visitava diáriamente. Consultando um Guia de aves europeias lá identificámos a ave, sem grande dificuldade, como sendo um Rabiruivo-preto. Outras aves se seguiram, depois mamíferos, répteis, anfíbios, plantas... A criação dum jardim virado (embora não exclusivamente) para a biodiversidade e de uma horta foram compondo o ramalhete de interesses e actividades a que nos dedicamos.

Assim estava a casa


e o jardim

O jardim hoje ainda está em evolução


Recriado a partir dum simples esboço (que se adaptou à vegetação pré-existente que se conservou) foi sendo realizado passo-a-passo e integra estruturas concebidas para “agradar” à biodiversidade local: um monte de pedras, uma pilha de lenha, um pequeno lago, plantas próprias da zona, àrvores de fruto, uma pequena horta, comedouros e bebedouro para aves, caixa de compostagem, recolha de àgua da chuva, recusa de recurso a quimicos.

Com isto pretendeu-se atrair mamíferos, aves, répteis, anfibios, borboletas e outros insectos.
E é com satisfação que vemos que o propósito foi conseguido.