A ideia surgiu-me a partir da consulta de sites ingleses. Em Inglaterra jardins públicos e privados que se prezem, não dispensam um Bug Hotel. As escolas e os jardins realizam concursos para ver quem apresenta a melhor construção. Até arquitectos concorrem!
Ver http://www.environmentalgraffiti.com/architecture/news-londons-insect-hotels
http://www.ettestudios.com/2010/06/help-bees-give-them-home.html
Não me parece que os futuros hóspedes do Hotel se incomodem com a aparência mas sim com o conforto portanto, mesmo não sendo arquitecto, decidi meter mãos à obra. Restos de paus, gravetos, palhinhas de chupar sumos, troncos, madeiras, tubos plásticos, canas, canetas de feltro, tijolos,pedras, ... tudo serve. É só empilhar com o cuidado necessário para que a estrutura fique sólida e não desmorone.
A ideia é contribuir para que os insectos úteis ao Homem encontrem onde passar o tempo de invernia e lá depositem os seus ovos e se reproduzam.
Polinizadores como Abelhas, Abelhões, Abelhas solitárias, Sirfídeos, Borboletas; Predadores de pragas como Joaninhas, Vespas, Crisopídeos; Insectos em declínio e risco de extinção, a todos se destina esta estrutura.
Um Hotel para Insectos está permanentemente em construção e remodelação. Nada é definitivo. Só temos de obedecer a um critério: deve estar pronto para habitar desde o inicio do Outono até à Primavera seguinte.
Nas fotografias estão os meus hoteis: Na segunda foto está uma barrica velha (muito bem camuflada) que tem servido a Abelhas (Appis mellifera) silvestres.
Na primeira foto está uma construção, de vários andares, em “apartamentos”. Tijolos de furações diversas constituem o esqueleto.
< Pormenor do Hotel
As “traseiras” do Hotel são formadas por troncos e ramos velhos empilhados destinados a coleópteros como a Vaca-loura (Lucanus cervus) que está em franco declínio e provávelmente em risco de extinção. É o maior besouro da Europa e é triste se desaparecer.
Se querem ver um abrigo para Lucanídeos vão dar um passeio até ao Parque do Palácio da Pena em Sintra.
Ño meu jardim aparecem ocasionalmente alguns indivíduos, sobretudo fêmeas. Não tenho nenhuma fotografia tirada por mim mas no Google Imagens, Flickr ou Picasa não faltam.
Também um recipiente com lama está permanentemente à disposição de Abelhas solitárias (mas algumas aves também o utilizam colhendo material para os ninhos).
Não utilizando insecticidas nem outros “cidas”, providenciando algum abrigo, sou depois recompensado pelos insectos que me oferecem o seu trabalho.
Nestas fotografias podem ver uma larva de Joaninha desocupando o “seu quarto” de hotel e, na seguinte, 2 Joaninhas (Coccinella quatuordecimpunctata) alimentando-se de pulgões (afídeos) numa laranjeira.
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