“A água é o princípio de todas as coisas.”
Tales de Mileto
A água é essencial à vida (pelo menos à vida tal como existe na Terra).
Em qualquer jardim, terraço ou varanda a àgua é elemento essencial a considerar. Qualquer recipiente, de qualquer dimensão, serve para conter água e plantas. E não é preciso gastar muito dinheiro.
Com um pouco de imaginação surge aqui uma fonte, ali uma cascata, acolá um espelho de àgua. Pequenos recipientes podem dar lugar a um jardim aquático, a um bog garden, a um bebedouro.
Até conceitos minimalistas como o wabi-kusa de plantas aquáticas tem o seu lugar.
Introduzam-se plantas aquáticas e peixes e depois é só aguardar por outras formas de vida: insectos, anfíbios, aves e até pequenos mamíferos.
Com a àgua temos jogos movimento, luz e som. E o ruído da água a correr é revigorante e transforma, como que por magia, o local num espaço de repouso, tranquilidade, meditação e frescura.
A Alface-d’água (Pistia stratiotes) e a Salvínia (Salvinia natans) são exemplos de plantas flutuantes que providenciam sombra evitando a proliferação de algas.
O Jacinto-d’água (Eichhornia crassipes) além de sombra é uma verdadeira maternidade para os peixes que depositam os ovos no emaranhado das raízes.
A Lentilha-d’água (Lemna minor) por sua vez, dada a riqueza em proteínas e lípidos, é fonte de alimento para peixes e até para aves.
Os Nenúfares (Nymphaea odorata) lançam as folhas para a superfície mal chegada a Primavera. Fácilmente ocupam toda a superfície disponivel e então, procurando um lugar ao sol, erguem-se com elegância acima da superfície da água.
Mais tarde aparecem as flores de subtil cheiro.
O Malmequer-dos-brejos (Caltha palustris) esbate as margens do depósito de água que agora é o lago.
O lago é habitado por Peixes-vermelhos (Carassius auratus). Outros habitantes vieram ocupar o seu nicho. Note-se a presença de uma Rã-verde (Rana perezi) á beira do lago. Ao ruído da água acresce, no Verão, a do coaxar dos machos.
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