Del
viernes 5 al domingo 14 de diciembre de 2014 volverá a representarse en Sevilla
el musical “Los Miserables” en el nuevo auditorio del Palacio de Exposiciones y
Congresos. El reparto de estas nuevas funciones estará encabezado por Daniel
Diges (interpretando a Jean Valjean), Ignasi Vidal (inspector Javert) y Elena
Medina (Fantine). El musical se inspira en la obra del escritor francés del
siglo XIX Víctor Hugo. La producción actual se estrenó en el año 2010.
A Ida
Sábado, 6 de Dezembro de 2014
Partimos a
caminho de Sevilha pela via mais turtuosa que se possa imaginar (Miguel ao
volante). Passámos por Beja e, num saltinho, fomos almoçar a Serpa.
Entrámos
n’O Alentejano e, embora bem recheado, lá arranjámos uma mesa.
Eu comi uns
secretos ou umas plumas de porco (já não me lembro bem) e para sobremesa pedi
uma dose de queijo.
Apresentaram-me um prato com 3 qualidades diferentes de
queijo de Serpa (um seco, um amanteigado e outro meio-termo).
Mal dei a
primeira dentada e logo me arrependi de ter almoçado. Para a próxima só pão,
queijo e vinho.
Regressámos à estrada, objectivo Sevilha via Aracena. Os
meus receios não se confirmaram porque a estrada já não era aquela que eu
conhecia quando fomos a Marrocos há muitos anos atrás (fica para outra história). Mesmo assim, e apesar
dos dotes do Integrale, apanhámos um
trânsito infernal com muitos espanhóis a circularem duma maneira que parecia
que estavam na siesta.
Suspiro de alívio quando Sevilha surgiu finalmente no
horizonte, mas o pior estava para vir.
Entrámos em Sevilha numa hora de ponta num dia de Festividad de la Inmaculada
Concepción. Gente, muita gente e carros, montes deles. De carro ou a pé quase
não se circulava!
Sem GPS lá fomos rastejando no meio do trânsito, com
voltas e inversões de marcha até que, já desesperando de chegar a horas ao
espectáculo, apareceu ao nosso lado um carro da polícia. Pedimos uma orientação
para o local de alojamento e o policia, certamente vendo a nossa cara,
prontificou-se a levar-nos ao sitio. Às tantas deve
ter-se esquecido de nós
porque nos meteu numa praça onde era proibido o trânsito a particulares.
Marcha
atrás e inversão de marcha num mar compacto de gente foi uma manobra que me pôs
à beira dum ataque de nervos.
Finalmente lá chegámos ao parque de estacionamento e
depois foi calcorrear a pé, com as malas às costas, a curta distância que nos
separava do apartamento que a Cristina tinha alugado. O apartamento era um 1º
andar, muito simpático e agradável, que ficava no nº 6 da Calle Placentines, muito
perto do cruzamento com a Calle Argote de Molina, em pleno centro histórico da
cidade (no Casco Antiguo) e no conhecido bairro de Sta. Cruz, a dois passos da
Giralda.
Preparámo-nos à pressa, chamámos um táxi e dirijimo-nos
para o Auditorio del Palacio de
Exposiciones y Congresos para assistir ao espectáculo. Para jantar
procurámos um bar de tapas mas tivemos de nos contentar com comida de plástico
num McDonald’s.
A representação foi muito razoável embora os actores
cantássem com uma tonalidade muito aguda e gritada. Entre nós tecemos algumas
criticas, mas hoje estou convencido que o culpado era o sistema sonoro da sala.
Acabado o espectáculo regressámos a casa mas…não
entrámos. Mesmo em frente da porta havia um Bar chamado Subasta. Já o Miguel lá estava e já tinha travado conhecimento com
toda a gente. Ajudados por Caipirinhas, Caipiroskas e outras bebidas, que
escorregávam pela garganta, em breve estávamos a discutir a crise com os
espanhóis. Para eles nós estávamos melhor e para nós eram eles que estavam
melhor. Enfim, ninguém está contente com o que tem. Cumprida a função de
emborcar já não sei quantos copos, sentimo-nos em forma para o xi-xi e cama.
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