Um Reformado no Oeste
A idade da reforma não é sinónimo de fim de actividade. Pelo contrário sobem à superfície interesses até então mergulhados no sub-consciente e que ansiavam pela luz.
quinta-feira, 5 de março de 2015
Los Miserables en Sevilla 2014 - 1ª Parte
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Galos e galinhas
O galinheiro |
As nossas comem milho, sementes, sêmola, ração para poedeira, ervas que apanhamos no jardim, restos de vegetais da cozinha, pão molhado e tudo o mais que aparecer.
Rasputine |
Existem imensas raças de garnizés qual delas a mais interessante.que outra. Iniciam a postura à volta dos seis meses de idade. Se galados e chocados a eclosão dos ovos ronda entre os 22 e os 30 dias. Não é raro que o choco seja complementado por outra fêmea, se o número de ovos for excessivo. Diz-se que os pintaínhos são mais frágeis do que os de uma galinha de porte médio, mas não temos essa experiência, excepto durante o Inverno.
Blanche |
Brunnette |
Malvina |
Extremamente curiosas e sociáveis formam expontâneamente bandos onde se estabelece uma relação hierárquica marcada.
Comunicam por linguagem corporal e vocalizações. Diz-se serem capazes de emitir 30 vocalizações distintas. Não sei se assim é mas nas nossas identificam-se (para já) 9 : Alvorada,quando nos cumprimentam,quando pedem comida,quando damos comida,quando ensinam os pintainhos, quando os galos se desafiam, quando alguma tenta subir na hierarquia estabelecida.
Cada uma tem a sua personalidade própria. Reconhecem as pessoas que delas tratam individualmente.
Harry Potter |
Admito a existência de predadores sobretudo ratos mas desses se encarregam os gatos. Nunca mataram uma galinha.
Nova geração |
Pai e professor |
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Zoropsis spinimana
Zoropsis spinimana |
É uma aranha grande, de patas compridas, o que lhe confere um aspecto que desmotiva a sua manipulação e embora possua quelíceras capazes de perfurar a péle humana não há relatos da sua mordedura ser perigosa (o que não significa que não seja dolorosa e muito pruriginosa com uma cicatrização algo prolongada que roça as 2 semanas).
Classificação cientifica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Familia: Zoropsidae
Género: Zoropsis
Prosoma: Olhos em duas filas e "caraça" dorsal |
Apresenta uma coloração em tons de castanho com um desenho semelhante a uma caraça na parte dorsal do prosoma (cefalotórax). No opisthosoma tem marcas escuras medianas e desenhos semelhantes a W. As patas mostram faixas escuras e claras dentro da tonalidade castanha geral.
Tem oito olhos dispostos em duas fiadas paralelas (4+4) na zona frontal do prosoma.
Distribui-se pela zona mediterrânica ocidental mas há evidência de se estar a deslocar para Norte (aquecimento global?) tendo sido detectada em países centro e norte-europeus. Também ocorre numa àrea específica da Califórnia onde terá sido introduzida.
O último exemplar fotografado (Fev 2013) |
http://naturdata.com/Zoropsis-spinimana-13306.htm
domingo, 27 de janeiro de 2013
Cobra-cega
Cobra-cega (Blanus cinereus) |
Reino: Animalia
Dimensões comparadas com um garfo de 20 cm |
Tem uma vida quase exclusivamente subterrânea, escavando túneis, sendo capaz de se deslocar com igual desenvoltura nos dois sentidos (daí a ideia das duas cabeças).
A péle é segmentada como a das minhocas mas, observada com atenção, notam-se escamas quadrangulares que cobrem todo o corpo.
Anéis, escamas e olhos atróficos |
A atrofia dos olhos, tal como a dos membros, é um exemplo do que se chama de evolução regressiva embora esta designação possa ser enganadora dado que não houve nenhum retrocesso evolutivo; o que acontece é que o animal perdeu estruturas e orgãos inúteis ou sem utilidade.
Não tendo olhos utiliza para localização das presas e dos seus semslhantes um orgão semi-olfactivo, semi-gustativo, localizado no "céu da boca" denominado de orgão vómero-nasal ou orgão de Jacobson (atrófico ou ausente nos humanos, outro exemplo de evolução regressiva). Com este orgão capta sinais químicos provenientes das suas presas, dos seus predadores e as ferormonas emanadas de individuos do sexo oposto (muito útil na altura do acasalamento). Só mais uma nota: quando virem um cão ou um gato com a boca semi-aberta a "sentir" o ar é porque está a utilizar o orgão de Jacobson.
Alimenta-se de insectos adultos ou larvas, minhocas e qualquer outro "petisco" ao seu alcançe. Por sua vez faz parte da dieta de javalis, raposas, serpentes, sardões, aves, etc.
A reprodução ocorre entre Março e Junho e já acima ficou dito como encontra o parceiro (ou parceira). A fêmea deposita, e esconde, no solo 1 a 2 ovos que abandona. Os novos seres surgem 2 a 2 meses e meio mais tarde.
É uma espécie termófila o que condiciona a sua distribuição na Peninsula, estando ausente das zonas mais frias.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Blanus_cinereus_distribution_Map.png |
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Buganvílea
Buganvílea no Verão e no Inverno
A Buganvílea (Bougainvillea sp.) é um arbusto de grande porte originário da América do Sul tendo sido inicialmente encontrada perto do Rio de Janeiro em 1789 no decorrer duma expedição francesa de circum-navegação comandada pelo almirante Louis Antoine (conde de) Bougainville. Embora o botânico que acompanhava a expedição fosse Philibert Commerçon (médico, naturalista e botânico) a planta foi nomeada em honra ao comandante da expedição.
Pertence à Ordem Caryophyllales, Família Nyctaginaceae, Género Bougainvillea.
As primeiras espécies a serem introduzidas na Europa foram B. spectabilis e B. glabra. Hoje são conhecidas várias espécies e varidades da planta com “flores” roxas, vermelhas, amarelas, laranja, brancas, ...
< Folhagem
Entre a multiplicidade de cruzamentos e variedades de Buganvílea que se encontram em floristas e jardins, há 2 espécies muito comuns de Bougainvillea, a spectabilis e a glabra. A B.glabra tem os tubos florais pentagonais (com 5 esquinas) e as brácteas são ponteagudas enquanto que na B. spectabilis os tubos florais são cilindricos e as brácteas são mais arredondadas (a ponta da bráctea forma um angulo obtuso) e compridas.
< Folha recortada por insecto (Megachile sp.?)
A Buganvílea que tenho no jardim é (suponho) uma Bougainvillea glabra, já adulta, atingindo cerca de 8 metros de altura por 3-4 de largura.
Tem uma ramificação profusa e desordenada. Os ramos mais novos apresentam espinhos, inicialmente verdes depois castanho escuro e cobertos por uma substância cerosa, que quando desenvolvidos chegam aos 2 cm de comprimento. O manuseamento descuidado destes ramos torna inevitável uma dolorosa picada.
As folhas são simples, alternadas, acuminadas. A floração ocorre entre Março e Novembro (na minha zona). A flor é pequena e esbranquiçada e cada conjunto de três flores é rodeada por 3 brácteas roxas. O fruto é um aquénio.
A seiva é ligeiramente irritante para a péle.
< Brácteas, flores e frutos
É uma planta que se tem revelado como extremamente resistente a todo o tipo de pragas, com a excepção de insectos cortadores de folhas mas com prejuizos negligenciáveis.
Quando começámos a habitar no local a Buganvílea (que já lá estava) comportava-se como uma decídua, ou seja, despia-se totalmente das suas folhas no fim do Outono inicio do Inverno. Progressivamente tenho notado a tendência para, de ano para ano, ir perdendo menos folhas e, no último Inverno, manteve alguma folhagem até começarem a surgir novos rebentos. Consequências do aquecimento global ?
Suporta muito bem as podas de formação.
< Xylocopa violacea visitando flores de Buganvílea
No seu habitat natural a Buganvílea é uma trepadeira que se apoia em árvores vizinhas. Pode ser utilizada para cobrir muros ou cercas mas necessita de suporte de condução.
O emaranhado de ramos é lugar escolhido para nidificação pela Carriça (Troglodytes troglodytes) e Toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla).
As flores são, desde a Primavera até ao Outono, visitadas por vários insectos: Abelhas (Apis mellifera, Xylocopa violacea),Abelhões (Bombus terrestris, B.pascuorum), Vespas (Vespula vulgaris, V. germanica), Borboletas (Papilio machaon, Macroglossum stellatarum, Pieris rapae).
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Voam leve, levemente…
Este tem sido um ano de borboletas.
Talvez a isso não tenha sido estranho o facto de ter reservado um espaço do jardim que ficou entregue à Natureza.
Talvez a mais frequente seja a Ariana – Pararge aegeria , também conhecida por Malhadinha (Ariana é o nome comum constante de Naturdata - http://naturdata.com/Pararge-aegeria-8895.htm).
Aegeria ou Egeria era uma antiga deusa latina da Primavera depois progressivamente confundida com a Diana romana. (Para mais pormenores ver http://www.mythindex.com/roman-mythology/A/Aegeria.html)
Cientificamente classifica-se como:
Reino Animalia; Filo Arthropoda; Classe Insecta; Ordem Lepidoptera; Família Nymphalidae; Género Pararge; Espécie Pararge aegeria.
Aparece todos os anos por volta de Abril-Maio e está presente até ao Outono. O pico de número de indivíduos dá-se, aqui no jardim, entre Junho e Setembro.
Prefere zonas sombreadas ou com o sol filtrado pela folhagem mas também se vê voando em pleno sol.
Alimenta-se de gramíneas espontâneas mas tenho-a visto com frequência em Alecrim (Rosmarinus officinalis), Alfazema (Lavandula sp.), Tomilho (Thymus sp.), Lantana (Lantana sp.) e Funcho (Foeniculum vulgare). Também procura frutos caídos das àrvores (na fotografia num fruto hipermaduro de Prunus cerasifera).
Larvas e ninfas não as vi até agora. Sendo verdes ou esverdeadas confundem-se fácilmente com as plantas e… os meus olhos já não ajudam.